A expressão Design Vernacular é frequentemente usada para descrever uma forma não-acadêmica de design. São soluções materiais ou visuais e artefatos presentes no cotidiano, e que indicam forte ligação com a cultura local.
O que é design vernacular?
Design Vernacular seria o design popular ou design cultural, sem formação erudita, mas nem por isso menos importante.
Quando os designers gráficos ouvem a palavra “vernacular”, geralmente pensamos em sinais pintados à mão ou em embalagens de doces à moda antiga. Mas o design vernacular é mais do que uma coleção de estilos citáveis e falsa nostalgia – é um método sistemático de criação que pode nos guiar em direção a práticas mais sustentáveis.O pensamento sistêmico tornou-se extremamente importante no design contemporâneo (e uma aceitação mais geral de que estamos projetando sistemas e surgindo sistemas) surgiu e os sistemas que requerem o mínimo de recursos servirão melhor ao design em seu caminho em direção à sustentabilidade. O design vernacular oferece um modelo valioso, pois seu objetivo é conseguir o máximo com o mínimo.
A expressão Design Vernacular é frequentemente usada para descrever uma forma não-acadêmica de design. São soluções materiais ou visuais e artefatos presentes no cotidiano, e que indicam forte ligação com a cultura local. A expressão se origina da junção do termo design, no sentido de desenho, projeto ou desígnio, com o termo vernáculo que designa uma língua nativa. Por design vernacular porém, pode-se compreender qualquer produto desenvolvido a partir de um hábito cultural. Neste caso, são contemplados diversos produtos industriais, ao exemplo do lavador de arroz – um produto fabricado em escala industrial, criado na década de 50 por uma dona de casa, a partir de um hábito cultural brasileiro. Para descrever formas alternativas ou não-acadêmicas de design, diversos outras expressões são utilizadas, como “design alternativo”, “design improvisado”, “design popular”, “design espontâneo”.
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Em outras palavras, Design Vernacular são obras movidas pela cultura, em especial, local onde estas artes, esculturas, fotografias, letreiros, sinalizações, iconografias enfim, são uma imensidão de projetos desenvolvidos e movidos pela paixão do homem pela sua terra. As obras são projetadas à moda antiga, isso é, muitas delas com moldes e um trabalho totalmente manual.
“Vernacular” não significa idade. De fato, um design pode estar profundamente enraizado no vernáculo local e ser bastante atual e moderno. É preciso entender o que constitui o vernáculo local para conseguir isso.
Vernacular significa, de maneira mais ampla, projetos comuns de pessoas comuns. O que torna o relacionamento cultural tão especial é a sua capacidade de evoluir constantemente ao longo do tempo. Características comuns sobrevivem à passagem do tempo, quando geralmente são entendidas como “boas”. Ao longo dos anos, o vernáculo incorpora cada vez mais recursos “bons” enquanto erradica os “ruins”.
Embora nós (como designers profissionais) nem sempre possamos nos comportar de maneira tão conservadora quanto os designers vernaculares, isso não significa que não possamos adotar seus ideais “comuns” de restrição, durabilidade e economia. No design, sempre podemos acumular novas idéias sobre as antigas. Não precisamos reinventar a roda toda vez que enfrentamos um problema. As idéias importadas de outros lugares, se forem melhores para solucionar problemas do que as atuais, são fáceis de incorporar (é assim que as comunidades de código aberto atuais funcionam). Nosso papel deve ser o de tomar a metodologia cautelosa e em evolução do design vernacular e aplicá-la ao lado de nossas tendências tecnológicas contemporâneas e processos conceituais.